segunda-feira, 29 de junho de 2015

DE ONDE VEM A CRIATIVIDADE?


Muitas pessoas pensam que a criatividade é um dom divino que alguns recebem ao nascer. Ou seja, que existem pessoas que são criativas e outras que não são: é tudo ou nada. Também existe a crença de que a criatividade acontece em lampejos, como se fosse mágica, a pessoa tem uma ideia maravilhosa que lhe veio do nada. Mas vários estudos sobre a criatividade indicam que todos nós temos um potencial criativo que já nasce conosco. É como se fosse uma pequena sementinha que existe dentro de cada um e que, para desabrochar precisa de muita prática e treino. Ou seja, todos temos talentos e habilidades, só precisamos desenvolver a criatividade que está dentro de nós.

Agora vamos pensar nas crianças e no quanto são criativas! Você já parou para observar crianças brincando? Elas falam sozinhas, conversam com seus brinquedos, dizem o que pensam. O potencial criativo é muito grande numa criança. Freud escreveu sobre a criatividade e comparou as brincadeiras infantis, os jogos das crianças, o seu jeito imaginativo de brincar com os escritores que inventam mundos imaginários e de fantasia. É que a criança não tem ainda os bloqueios dos adultos. Crianças simplesmente são como são: autênticas, curiosas e adoram novidades! Passa pelo adulto a responsabilidade de regar na dose certa essa sementinha de criatividade.

Mas, sempre é bom lembrar que algumas atitudes dos adultos com relação às crianças podem impedir o uso da sua imaginação. Quando se exerce uma vigilância demasiada e a criança está sob observação constante, esta pode deixar de ser ela mesma para agradar o olhar do adulto. Outra situação é de vincular as ações da criança ao recebimento de recompensas. Os prêmios em excesso podem fazer com que ela não sinta o prazer da própria atividade criativa.

Em muitos momentos o adulto parece que desaprendeu a dar margem a sua imaginação. Picasso, certa vez disse que toda criança é um artista, o problema é permanecer um artista depois de crescer. Não existe uma fórmula secreta para a criatividade! Para fazer aquela sementinha brotar, ou continuar dando flores, precisamos nos preparar com muita disciplina, fazer um esforço consciente e principalmente, precisamos conhecer muito bem uma determinada área do saber. Uma idéia inovadora não vem ao acaso. Quanto mais ricas e diversificadas forem as experiências e as interações, tanto maiores serão suas possibilidades criadoras. Ah, e também é preciso perder o medo de ousar, de se arriscar!

Pessoas que conseguem desenvolver sua criatividade e que usam sua imaginação conseguem ser mais livres porque elas participam com muito mais desenvoltura da construção de seu próprio conhecimento entendendo melhor as regras que lhes são impostas.
Ângela Saul e Virgínia Seidl Silva

Texto escrito para a Revista Fundamental (junho/2015)

quarta-feira, 30 de abril de 2014

ANOTE SEUS COMPROMISSOS E DEIXE SEU CÉREBRO RESPIRAR

Estava eu hoje conversando com minha irmã, por telefone. O telefone é importante para que a gente possa ouvir a voz das pessoas que temos saudade. É claro que se falássemos pelo computador, usando a Internet, seria muito melhor pois ainda poderíamos nos ver. (Mas somos do tempo antigo! Nem nos lembramos de ir ao computador!)

Mas sobre o telefonema para minha irmã, como ela mora longe, e ficamos muito tempo sem nos ver, os papos às vezes são bem longos! E hoje foi um desses dias! A conversa começou animada cada uma contando sobre suas últimas novidades, como vai esse ou aquele membro da família, o que cada uma de nós tem feito. Mas, lá pelas tantas, começamos a ‘filosofar’, a falar sobre o que queremos da vida, o que já conseguimos, onde queremos chegar. E foi aí que o papo ficou gostoso!!

Falamos sobre o quanto é importante conseguirmos colocar ‘foco’ em nossas metas. De nada adiante querer alguma coisa se não prestarmos muita atenção nisso, se não colocarmos nossa energia a favor de nossos objetivos. Eu tenho um livro muito bom, bem prático, que trata sobre esse assunto: “A Arte de Fazer Acontecer”, de David Allen. Ou seja, para que algo aconteça é preciso “fazer acontecer”, colocar todo empenho possível em nossos projetos. Nossa conversa girou em torno desse assunto. Minha irmã está iniciando um negócio de confecção de doces caseiros e falávamos sobre a dificuldade de trabalhar em casa. Ela me contava o quanto é difícil fazer seu horário de trabalho dentro da própria cozinha, com os filhos e marido por perto, cada um querendo também um pouco de atenção.
Dizem que “o mundo conspira a nosso favor” sempre que queremos muito alguma coisa. Nós duas também conversamos sobre isso. Quando conseguimos prestar atenção, focar, estar com nossos sentidos voltados completamente para nossos objetivos, parece que tudo começa a acontecer. A gente encontra a pessoa certa, o livro certo, tudo vem ao encontro daquilo que estamos fazendo e que pretendemos colocar em prática. É incrível!
Mas não podemos perder oportunidades! É preciso que estejamos atentos, ligados nos nossos objetivos. Uma dica interessante para se colocar em prática, e que consta no livro que citei acima, é sobre um requisito básico para se administrar compromissos. O autor recomenda que se faça uma lista de compromissos indicando inclusive o que se precisa fazer com relação a cada evento. Ou seja, é bom que se possa tirar da mente tudo que não precisaria estar nos preocupando escrevendo isso em algum lugar de fácil acesso e visualização. Essa atitude parece muito simplista mas a maioria das pessoas não escreve seus compromissos e gasta muito tempo e energia enquanto os memoriza. Conforme o autor cita em seu livro, “essa preocupação constante e improdutiva com todas as coisas que temos a fazer é o maior consumidor individual de tempo e energia” (Kerry Gleeson)

Então, escrevam seus compromissos e pensamentos que o preocupam em um papel ou faça lembretes e vá colando pela casa, pelo seu escritório, em qualquer lugar que você vai enxergar a todo momento. E deixe seu cérebro respirar e se preocupar com o que realmente interessa que, no caso de minha irmã, é como produzir seus doces comercialmente. Como fazer esta atividade dar lucro. E esse foi nosso “papo cabeça”, nossa troca de ideias. Até a próxima!!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

O RECONHECIMENTO DE NOSSA PROFISSÃO

Esta notícia não é recente, mas vale registrar o contentamento!!

Num esforço conjunto da AATERGS (Associação de Arteterapia do Estado do Rio Grande do Sul)  e de todas as Associações de Arteterapia que participam da UBAAT (União Brasileira de Associações de Arteterapia) agora a profissão de Arteterapeuta faz parte da CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) a partir de janeiro de 2013.

Os arteterapeutas foram colocados junto à familia 2263 - Profissionais das Terapias Criativas e Equoterápicas e foi publicado no site da CBO. 

Pode ser visualizado no site www.mtecbo.gov.br

O QUE É "CBO" (Classificação Brasileira de Ocupações)?

A Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, instituída por portaria ministerial nº. 397, de 9 de outubro de 2002, tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios junto aos registros administrativos e domiciliares. Os efeitos de uniformização pretendida pela Classificação Brasileira de Ocupações são de ordem administrativa e não se estendem as relações de trabalho. Já a regulamentação da profissão, diferentemente da CBO é realizada por meio de lei, cuja apreciação é feita pelo Congresso Nacional, por meio de seus Deputados e Senadores , e levada à sanção do Presidente da República.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

ARTETERAPIA, QUE BICHO É ESTE?



           Afinal, o que é mesmo essa tal de Arteterapia? Quem inventou e desde quando existe? Quem pode se beneficiar deste tratamento? São muitas as dúvidas e questionamentos com relação a este novo método de terapia. Mas tudo começou a partir do final do século XIX, quando alguns psiquiatras observaram que seus pacientes que desenhavam e pintavam se recuperavam de maneira muito satisfatória. Estes médicos, então, começaram a catalogar esses trabalhos e a estudá-los com mais objetividade. A Arteterapia surgiu a partir desse interesse em estudar os benefícios da Arte na promoção, prevenção e recuperação da saúde em geral.
            No Brasil já existem diversos cursos de graduação e pós-graduação, bem conceituados, formando terapeutas para trabalhar com crianças, adolescentes e adultos. A Arteterapia possui fundamentação teórica e metodologia próprias e está se estruturando com diversas linhas de pesquisa, estudos de caso, artigos científicos e vários livros publicados.
Numa sessão de Arteterapia são utilizadas diferentes técnicas que vão do desenho até pinturas, trabalhos com argila, recorte e colagem e muito mais. Não existe limites para a criatividade! E não tem importância se a pessoa interessada não souber desenhar ou talvez nunca tenha realizado nenhuma pintura. O arteterapeuta atua como um facilitador proporcionando um local e condições adequadas para a vivência e o aprendizado das diversas técnicas.  
            Mas como a Arte consegue proporcionar a melhora da saúde? Essa é uma questão mais complexa de ser respondida pois depende de cada caso e das necessidades de cada paciente. Mas, estudos mostram que a AT seria uma opção de atendimento psicológico para crianças já que as produções artísticas oferecem informações ao terapeuta que poderiam não ser obtidas através de meios verbais, beneficiando a criança que necessita de intervenção e compreensão (MALCHIODI, 2001). Desenhar costuma ser natural para uma criança e pode ser um modo de expressar seus sentimentos e pensamentos. O arteterapeuta orienta a sessão e, ao mesmo tempo, é alguém que vai auxiliá-la a falar sobre si mesma na descoberta do mundo onde vive.
Mas, enfim, a Arteterapia não é um “bicho-de-sete-cabeças”! Muito pelo contrário, é uma terapia prazerosa e eficiente da qual muitas pessoas já estão colhendo resultados.


FONTE: CIORNAI, S. (org.) Percursos em Arteterapia. Ed.Summus,2004; PAÏN, S.; JARREAU, G. Teoria e Técnica da Arteterapia. Artmed: 2001; OAKLANDER, V. Descobrindo Crianças. Ed.Summus: 1980; MALCHIOLDI, C.A. Trauma and Loss: Research and Intervention,2001.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

TÉCNICA DE TAPEÇARIA DE RECORTE


A técnica da Tapeçaria de Recorte possibilita o uso de retalhos de tecido e desenvolve a criatividade. Utilizada principalmente com adultos, mas crianças e adolescentes também podem se beneficiar através de trabalhos mais simples.